Quem não adora receber mimos? Não sou excepção à regra, e especialmente quando são mimos diferentes ou que desejo há muito, foi o caso destes dois miminhos directamente de Londres, o batom Revlon Matte Balm na cor Shameless (que não há cá em Portugal) e o álbum de estreia da Ana, mais conhecida por Cherry, um novo talento português que canta em inglês que já anda a passar pelas rádios, além de linda e exótica tem uma voz quente, melódica e doce, junta algumas influências de pop, country, blues à medida que conta e canta as suas experiências pela cidade que escolheu para viver, Londres, e dali saiu o álbum London Express, um álbum cheio de sentimentos, ritmos e histórias que quando chega ao fim deixa aquela vontade “Já? Só? Quero mais!”.
A Cherry decidiu aceitar responder a uma pequena entrevista que lhe fiz com perguntas desde o trabalho, talento, gostos pessoais e claro, beleza!
Olá Cherry, antes de mais mata-nos a curiosidade, porquê Cherry?
Cherry surgiu aquando da criação do trio acústico Cherry Jam, de que faco parte de há cinco anos para ca. Identifiquei-me com “cereja”, por ser uma fruta doce, feminina, solarenga. Depois, em conjunto com o Ruben Portinha e o Nuno Barreto, acrescentei a palavra “jam”, brincadeira com a palavra que significa compota e também jam session de músicos (quando se juntam para tocar, sem necessariamente o fazerem de forma regular.) Quando concluímos o London Express, não encontrámos melhor nome para me descrever, então permaneceu.
Como e quando te apercebeste do teu talento para cantar? Vem de família ou surgiu sem querer?
De facto, a inclinação para as “cantorias vem das raízes: o meu tio e a minha mãe, pelo que sei, eram pródigos em animar as festas de família e mesmo da aldeia, e ainda há pouco tempo tive uma demonstração ao vivo em casa! Eu própria animava as festinhas quando era pequena, actuando em frente aos convidados. Não sei porque e que a minha mãe nunca me impediu! Ah ah Resolvi levar a música mais a serio depois de ensaios com o meu amigo Miguel Sousa, um casamento com o Nuno Barreto e com a experiencia no Coro da Universidade Técnica de Lisboa, onde aprendi bastante. Dai a formar um dueto com o Ruben Portinha (que conheci na radio) foi um passo, e começámos a trabalhar no restaurante Pátria Lusa, em Cascais. A receptividade de quem assistia foi grande e constante, e assim senti a “luz verde”.
Quais as influências, estilos, artistas e bandas que ouvias e te inspiraram a criar o teu próprio estilo musical?
Existem aqueles que me inspiraram a nível técnico e vocal, que me levaram, pela repetição e experimentação, a explorar a minha voz e desenvolver a minha própria técnica, digamos. Falo das bandas e artistas que o meu irmão ouvia em casa, desde que me lembro de mim, de géneros tao variados quanto a Soul, o Blues, o Jazz, Country, R&B.
Depois há aqueles que me inspiram enquanto ouvinte, ate hoje - não que tivesse deixado de ouvir os anteriores, mas adicionei uma nova e mais frequente paixão: o Rock e todos os seus "derivados".
Eras uma miúda rebelde?
Sim, definitivamente mais rebelde que o meu irmão. Era muito segura das minhas convicções, mas também cresci e fui educada num tempo diferente. No entanto, penso que os meus pais podem dizer que era rebelde.
Viver em Londres ajudou a abrir mais portas ao teu trabalho e reconhecimento?
Não, apenas me fez bem a nível pessoal (o que se reflecte, claro, a nível profissional). Não nego que no futuro pode vir a abrir, e assim o desejo, sinceramente. Mas apenas porque foi com essa intenção que fui para aquela cidade: conhecer outros músicos, colaborar com eles, beber de uma energia criativa diferente. Se isso me tornar mais original, criativa, e mais divulgada, então posso dizer que me ajudou a abrir portas, de forma indirecta – como outra experiencia de vida poderia fazer.
O teu primeiro álbum London Express é um sonho realizado? Há mais algum em especial que ainda esteja por concretizar?
Há muitos – só paramos de os criar quando morremos. Quanto ao London Express, claro que e o sonho de qualquer cantor, parece-me, editar um álbum, vê-lo nas lojas, senti-lo na mão pela primeira vez. E depois vê-lo reflectir-se nos concertos, ao vivo, quando se dá a interacção com o público e este reage perante os temas. Estou muito grata por essa oportunidade, e sem dúvida que esta e uma etapa que quero saborear, aproveitar.
Um artista tem de ter especial cuidado com a imagem, qual é a tua rotina de beleza indispensável, truques e produtos favoritos?
Essencialmente, retirar sempre a maquilhagem antes de dormir, ou o quanto antes até. Depois, não fumo nem bebo, e procuro fazer desporto. Tento ter uma boa alimentação, vegetariana o mais possível. Evito comida processada, com aditivos. Produtos, apenas certificar-me de que não são testados em animais, e que não contem químicos em demasia.
Também eras daquelas crianças que se pintavam com as maquilhagens da mãe?
Ah ah, sim, sem dúvida. Ainda hoje adoro maquilhagem, principalmente com um uso artístico, e gosto de ser uma tela, aberta a experimentação, ao critério do maquilhador, o mais arrojado que queira ser.
Nos concertos, és tu quem escolhe a roupa e se maquilha ou tens alguém responsável para te “produzir”?
Há uma analise, feita em conjunto com uma pessoa que me auxilia, de entre várias opções, geralmente procuradas por nós.
O que te dá mais prazer cantar no duche, português ou inglês?
É indiferente.
Algo que gostarias de fazer mas ainda não arranjaste coragem?
Sky diving.
Agora, tal como o teu álbum, cinco perguntas “express”:
-Cidade de sonho? De entre as que conheço, Lisboa ou Londres – são tão diferentes... Sonho com muitas que ainda não conheço, como Buenos Aires e São Francisco.
-Cor favorita? Azul, lilás.
-Um vício? Chocolate.
-Salto alto ou sapatilhas? E impossível escolher. Adoro ambos, para ocasiões diferentes. Por isso vou dizer sandálias! Ah ah
-Batom ou Eyeliner? Batom
Álbum Cherry London Express na Fnac cerca de 10€
Batom Revlon Shameless Online na Boots cerca de 10€